‘A luz clareia mais e mais’, mas ainda continuam no escuro.

Brincadeiras à parte, um membro desassociado das Testemunhas de Jeová que resolve engolir o orgulho e voltar a frequentar as reuniões agora é agraciado com cumprimentos no “Jaulão do Reino”.

No entanto, o ‘rebanho’ está bem adestrado. Limitam-se a um mero ‘oi’ ou ‘que bom ver você aqui’, sem mais delongas. Que ‘progresso’ monumental!

Enfim, essa é uma decisão que envolve simplesmente 8,5 milhões de dólares por ano, detalhe que o Corpo Governante convenientemente omitiu na carta enviada às congregações.

Testemunhas de Jeová perdem mimo de 8,5 milhões de dólares por discriminar desassociados

Uma religião que submete seus ex-fiéis ao ostracismo deve ser beneficiada por subsídios do governo?
A Justiça da Noruega, um país altamente sensível aos direitos humanos, respondeu com um sonoro “não”.

O Tribunal Distrital de Oslo decidiu que o Governo agiu corretamente ao cortar subsídios para as Testemunhas de Jeová.

Em 2022, Oslo e o condado de Viken retiraram o financiamento à denominação, significando uma perda anual equivalente a 8,5 milhões de dólares.

O governo norueguês argumentou que a prática de ostracismo adotada pelas TJ’s viola as normas sobre o uso de fundos públicos e fere princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Organização recorreu, mas perdeu

As Testemunhas de Jeová recorreram à Justiça, reivindicando seu direito à liberdade de crença e alegando serem vítimas de discriminação religiosa. E perderam, ao menos em Oslo. A decisão vale para os subsídios que não foram repassados desde 2021.

‘Por meio de diretrizes e práticas de exclusão, as Testemunhas de Jeová incentivam os membros excluídos ou afastados, para que, com poucas exceções, sejam expostos ao isolamento social daqueles que permanecem na comunidade religiosa’, sentenciou o juiz Ole Kristen Øverberg.

A decisão judicial é histórica porque sinaliza a outros tribunais europeus como deve ser tratada a discriminação do fundamentalismo religioso institucional. Corte de verba geralmente afeta mais a sensibilidade de líderes religiosos.

A questão está cada vez mais em evidência em vários países, inclusive no Brasil, que tem uma ativa comunidade de ex-Testemunhas de Jeová que denunciam as arbitrariedades da religião.

Foi só doer no bolso que o ‘escravo fiel e discreto’ entendeu que não se deve fazer ostracismo e decretar a morte em vida de seus ex-fiéis.

E para mascarar as razões dessa mudança, decidiram permitir que homens usem barba e mulheres vistam calças durante as reuniões. Ohhh, que lindo. Mas só calça casual, por favor! Nada de leggings.