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Crime e hipocrisia: Testemunhas de Jeová são doutrinadas a não eleger candidato nas eleições, mas aceitam ‘mimos’ valiosos do governo

Todos sabem que no Brasil é crime incentivar, persuadir alguém a votar em determinado candidato ou partido político, bem como deixar de votar e influenciar sobre a decisão da pessoa. Essas práticas são consideradas crimes eleitorais previstos na legislação brasileira, mais especificamente no Artigo 301 da lei 4737/65.

O que muitos não imaginam é que as Testemunhas de Jeová são orientadas a se manterem neutras em relação aos temas políticos, o que incluir não eleger candidatos.

“Nós não votamos em candidatos ou partidos políticos, não concorremos em cargos políticos e não participamos de nenhuma ação para influenciar ou mudar governos”, diz o trecho de um artigo publicado no site jw.org, o portal oficial das Testemunhas de Jeová.

Eles acreditam que o reino de Deus é o único governo capaz de solucionar os problemas da humanidade e, por isso, não se envolvem em atividades políticas e anulam seus votos. Política é um assunto proibido, e são treinados a manterem a neutralidade até mesmo em pensamentos. Cumprem o dever de irem votar, no entanto não escolhem nenhum candidato para os representá-los.

Assim, quando membros com autoridade ou não de determinada instituição religiosa, não importando se a orientação venha de púlpitos, tribunas, cartas ou livros diga para ir votar, mas não escolher entre A ou B, deixando implicitamente que esta escolha trará consequências desastrosas, então esta autoridade religiosa comete um crime eleitoral.

O mais engraçado de tudo isso é que, apesar de não votar, recebem “mimos” da política pública, como terrenos doados por prefeituras para construção de “jaulões” do reino, além da isenção de impostos na ‘distribuição’ das toneladas de livros e revistas impressas.

Quem é isento deveria se abster de tudo, não é mesmo?

É a mesma hipocrisia das festas de aniversário: não comemoram, mas ficam esperando um pratinho de bolo e salgado para se fartar.

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